No mercado, é comum encontrar entusiastas de máquinas e ferramentas. Muitas vezes, as compras são feitas por impulso, sem uma análise criteriosa sobre a capacidade de pagamento e o tempo necessário para adaptação. A ilusão de que uma máquina resolverá um problema pode levar a decisões equivocadas, criando desafios.
Investir em uma máquina com capacidade para cortar 40 chapas por dia pode parecer uma solução brilhante, mas se a demanda real é de apenas 40 chapas por mês, essa compra se revela excessiva. Além disso, essa máquina pode requerer um software específico para operar de forma eficiente, aumentando esse valor de investimento.
Se a empresa realiza a aquisição de uma máquina de grande capacidade de corte, pode acabar precisando realizar outros investimentos, como uma coladeira de borda automática. Essa série de investimentos adicionais pode tornar o valor total do investimento inacessível ou desproporcional ao percentual de mercado que a empresa atende, impactando negativamente nas finanças.
Em um mundo empresarial onde a competição é acirrada e as exigências do mercado estão em constante evolução, a busca pela produtividade tornou-se obrigatória para qualquer empreendedor comprometido com o crescimento e o sucesso de seu negócio. E essa busca vai além da simples adoção de tecnologias de ponta e máquinas de última geração. Compreender a ligação entre investimento, produtividade e retorno do investimento (ROI) é a base para tomar decisões estratégicas que impulsionem o desenvolvimento e a lucratividade da empresa. A inovação e a implementação de novas práticas de gestão tornam possíveis o acompanhamento das rápidas mudanças tecnológicas, crescente demanda por qualidade e a exigência de curtos prazos. No entanto, em meio a todo esse progresso, há um componente essencial que muitas vezes é negligenciado: o fator humano.
A incorporação de tecnologias é um investimento a ser muito considerado, o que demanda também investimento em profissionais capacitados para lidar com essa tecnologia. Uma aplicação de recursos em tecnologia não resolve todos os problemas, toda empresa depende tanto de seus meios quanto da habilidade de sua equipe em utilizá-los com efetividade e aproveitar ao máximo as inovações proporcionadas pelas novas ferramentas e processos. Não basta mais contar apenas com um marceneiro na ponta final; agora, é essencial ter profissionais qualificados desde o início do processo, para garantir uma instalação eficiente.
É importante entender que quanto mais investimos, maior deve ser a nossa produtividade. Isso implica em correlacionar os investimentos para garantir o funcionamento eficiente de toda a cadeia produtiva. Se aumentamos o tamanho do maquinário, por exemplo, às vezes é necessário também expandir o espaço físico para acompanhar essa demanda.
Produtividade é a capacidade de produzir mais utilizando a mesma estrutura, é a arte de extrair o máximo de valor dos recursos disponíveis, para alcançar resultados necessários e ultrapassá-los.
Uma das principais eficiências da produtividade é a redução de custos. Ao produzir mais com menos recursos, as empresas podem diminuir seus custos de produção e aumentar sua competitividade no mercado.
Investir em máquinas modernas equipadas com tecnologia de ponta é um passo importante para impulsionar a produtividade no mercado moveleiro. Essas máquinas, com sua eficiência, são capazes de aumentar significativamente a capacidade de produção e melhorar a qualidade dos produtos. Avaliar a equação envolve analisar eficiência operacional necessária para alcançar e ultrapassar o ponto de equilíbrio financeiro, garantindo assim não só a sustentabilidade, mas também o crescimento a longo prazo do negócio.
Conforme enfatizado por Peter F. Drucker, um dos pioneiros na gestão empresarial, a verdadeira produtividade está relacionada à eficiência na utilização dos recursos disponíveis. Isto implica que investir em produtividade não envolve apenas a aquisição de novos equipamentos ou a contratação de mais pessoas, mas sim a melhoria dos processos existentes para obter resultados com menos recursos e isso deve ser avaliado com base no retorno financeiro.
Na tomada de decisões em investimentos produtivos, não se deve considerar apenas o custo inicial, mas também a perspectiva de retorno no decorrer do tempo, manutenções preventivas, trocas de ferramentas, afiações e substituições de peças por desgaste. Contar com uma abordagem orientada para o longo prazo e avaliar os investimentos segundo sua capacidade potencial de contribuição aos objetivos estratégicos da empresa – inclusive à maximização do ROI – são importantes. O ROI é uma métrica financeira que analisa o retorno da eficácia dos investimentos. A jornada rumo à produtividade pode ser desafiadora, mas os benefícios – redução de custos, aumento da competitividade e expansão de mercado – fazem dela um caminho que deve ser percorrido.
Desafios e oportunidades na busca pela produtividade.
Devemos estar atentos à forma como esses investimentos impactam na produtividade, para evitar gargalos na produção e garantir um faturamento adequado para a sobrevivência e crescimento da empresa. Não se trata apenas de investir em equipamentos, mas também de utilizar as ferramentas disponíveis no mercado para aumentar a eficiência produtiva.
Diante desse cenário, a terceirização emerge como uma estratégia inteligente para pequenos empresários atingirem uma maior capacidade produtiva. Ao terceirizar serviços como corte, colagem de borda, furações, produção de portas de vidro, estofaria e serralheria, as empresas podem aumentar sua capacidade de execução sem a necessidade de realizar investimentos de alto porte. Essa abordagem permite que os empresários se concentrem em suas atividades principais, enquanto os parceiros terceirizados lidam com as tarefas específicas, reduzindo custos e maximizando a eficiência operacional, e com uma maior flexibilidade na gestão de recursos, adaptando-se facilmente às flutuações da demanda e reduzindo os custos fixos associados à manutenção de equipamentos e equipes internas.
A busca pela produtividade não deve ser encarada como um objetivo estático, mas sim como um processo contínuo de melhoria. A implementação de métricas pode ajudar as empresas a identificarem e eliminar desperdícios e otimizar processos. Ao considerar investimentos em produtividade, é essencial olhar além dos custos iniciais e avaliar o potencial retorno do investimento.